Portaria altera anexos contábeis para dar maior transparência na movimentação patrimonial
Área do Cliente
Notícia
Reforma tributária precisa reverter injustiça na cobrança de impostos
Quem compra um helicóptero ou iate em São Paulo paga proporcionalmente menos imposto do que o consumidor que adquire medicamentos na farmácia. Pobres pagam mais tributos
No Brasil paga-se proporcionalmente mais imposto para comprar um remédio no balcão da farmácia do que para adquirir um helicóptero em São Paulo. A situação indica o modelo injusto de tributação, que faz com que a população mais pobre pague mais do que os ricos, tornando o sistema mais uma fonte de concentração de renda. Especialistas na questão defendem que seria necessário que a arrecadação de impostos fosse no sentido contrário, de distribuir riquezas.
Isaías Coelho, auditor-fiscal da Receita Federal e ex-Secretário Adjunto do órgão, afirma que o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) em São Paulo sobre medicamentos é de 18%. Para um helicóptero, 7%. "Estamos sendo condescendentes com esta fraude tributária e passamos a mão na cabeça de quem impõe tal coisa. Achamos normal que a imprensa noticie esquemas de qualquer espécie, mas ninguém acha estranho que não questionem isso?", criticou Coelho.
Em seminário promovido nesta quarta-feira (24) pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) na capital paulista, economistas defenderam a necessidade de uma reforma tributária que crie um sistema de cobrança de impostos mais justo. A estimativa é de que a carga tributária no país chegue a 34,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, mas com uma fonte de arrecadação desequilibrada.
O uso da saúde pública para tratamentos caros para os mais ricos, além da ocupação das vagas nas melhores escolas públicas também foram motivos de questionamento. Sérgio Eduardo Abulu Mendonça, assessor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou-se pessimista em relação ao retorno social que a tributação atual proporciona. Em 2009, apenas 10,4% do total arrecadado voltou para a sociedade em investimentos em educação e saúde.
"A estrutura desincentiva atividades produtivas e criação de empregos", disse. Para ele, o principal entrave para a reforma são os estados, que arrecadam a maior parte dos impostos que recaem sobre o consumo. A melhora na estrutura tributária dependeria da mudança no pacto federativo o que, segundo ele, ainda está longe de acontecer.
Dados do Dieese mostram que, em 2009, 20 municípios pobres sobreviveram com orçamento per capita inferior a R$ 1.032, enquanto nos mais ricos os recursos disponíveis superavam R$ 2.000. A fórmula tende a perpetuar a concentração de renda nesses municípios mais abastados.
Tributos
A forma de tributação indireta, na avaliação dos especialistas, é a que mais contribui para a chamada regressividade da tributação por atingirem de forma desigual o contribuinte. ICMS, Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto Sobre Serviços (ISS), Programa de Integração Social (PIS), entre outros, acabam repassados aos preços de bens e serviços. Dessa forma, quem ganha menos paga mais.
Tributos como Imposto de Renda de Pessoa Física, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) são calculados sobre o patrimônio e a renda. Nessa modalidade, é possível garantir que, quanto mais rico, maior será o valor recolhido, o que garante que a estrutura de cobrança funcione também para distribuição de renda.
Programas sociais, como o Bolsa-Família, Benefícios de Prestação Continuada (BPC), auxílios doença e acidente e seguro-desemprego ajudam nesse sentido. Segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Ipea, nesses casos o poder público usa o montante arrecadado e repassa à população mais pobre, contribuindo para um sistema tributário progressivo, como forma de diminuir a desigualdade de renda no país.
Segundo o Ipea, são R$ 43,2 milhões em benefícios transferidos por mês para saúde pública, educação e previdência.
Notícias Técnicas
Mudança não afetará benefícios ativos e usará a Carteira de Identidade Nacional (CIN) como documento de referência
A atualização acompanha as recentes alterações do Ajuste SINIEF 54/2022, que autorizou produtores rurais, portadores de Inscrição Estadual vinculada ao CPF
A suspensão será realizada para que a equipe técnica possa executar manutenções e atualizações na infraestrutura de TI
A reforma tributária do consumo avança mais um passo na modernização dos documentos fiscais eletrônicos
Notícias Empresariais
Líderes que cuidam do clima emocional durante transições criam ambientes mais estáveis e preparados para o novo
O ambiente macroeconômico parece habituado a uma instabilidade funcional, mas 2026 colocará desafios significativos para as lideranças brasileiras
Gratificação pode ser utilizada para diferentes finalidades, mas é importante planejar-se para conseguir aproveitar o benefício
Encerra no dia 30 de novembro o Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira para o consumidor negociar suas dívidas bancárias em atraso
A Inteligência Artificial é uma aliada estratégica para eficiência e desenvolvimento humano nas empresas
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional