Informações são essenciais para garantir o pagamento do Abono Salarial e subsidiar estatísticas oficiais sobre o mercado de trabalho; envio fora do prazo pode gerar multas
Área do Cliente
Notícia
Receita Federal intensifica a fiscalização sobre construtoras
A Receita Federal vai intensificar a fiscalização sobre construtoras e donos de imóveis que não pagam impostos. Foi identificada sonegação de ao menos R$ 2,5 bilhões no setor.
A Receita Federal vai intensificar a fiscalização sobre construtoras e donos de imóveis que não pagam impostos. Foi identificada sonegação de ao menos R$ 2,5 bilhões no setor.
A construção civil representa, em média, 4% de toda a arrecadação da Receita em São Paulo --o total gira em torno de R$ 20 bilhões mensais.
Desde outubro já estão na mira do fisco 10 mil proprietários de residências de alto padrão, 200 construtoras e empresas subcontratadas suspeitas de sonegarem R$ 1,5 bilhão somente com o não pagamento de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento dos trabalhadores das obras.
A partir de janeiro de 2010, a Receita Federal vai estender a fiscalização iniciada nesse grupo a outras empresas do setor da construção civil de São Paulo porque já constatou que parte das 200 construtoras, além de não recolherem a contribuição previdenciária, também deve ao fisco PIS, Cofins, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e Imposto de Renda.
"Durante a Operação Mansões, iniciada em outubro, percebemos que estávamos mexendo apenas na ponta de um iceberg", afirma José Guilherme Antunes de Vasconcelos, superintendente da Receita Federal em São Paulo.
A ação sobre as construtoras é resultado do trabalho integrado da Super-Receita, criada em 2007, com a fusão das estruturas de arrecadação e fiscalização dos ministérios da Fazenda e da Previdência Social.
"A partir da contribuição previdenciária fizemos uma análise mais aprofundada e verificamos indícios de sonegação de outros tributos. Ao menos 15% das 200 empresas não recolheram PIS, Cofins e outros impostos. Devemos estender essa experiência a outros setores e a outras regiões do país", diz o superintendente.
A ideia é usar o não recolhimento da contribuição previdenciária como uma espécie de indicador para verificar a sonegação fiscal das empresas --setores que não pagam esse tributo podem estar driblando o pagamento de outros impostos.
Em setembro, todas as empresas do setor da construção civil foram responsáveis por recolherem R$ 1,04 bilhão de contribuição ao INSS, o que representou 7,8% do total do tributo recolhido no país, segundo o Ministério da Previdência.
Os fiscais da Receita detectaram que, entre as 200 construtoras e donos dos 10 mil imóveis, há casos de contribuintes que se declaram isentos ao fisco e não recolhem impostos nem sobre os terrenos comprados para executar as residências de alto padrão. "Ou casos em que compraram o terreno com valores que nunca informaram existir em suas declarações do Imposto de Renda, no caso das pessoas físicas", afirma o superintendente.
Inadimplência
Sérgio Watanabe, presidente do SindusCon-SP (sindicato que reúne as construtoras), afirma que as empresas que deixam de recolher impostos são "exceção" e que são vários os motivos que podem levá-las a essa situação, como problemas temporários de caixa.
"Se a empresa tem dificuldade de fluxo de caixa no seu dia a dia, opta por ficar inadimplente com o fisco. Mas inadimplência é diferente de sonegação. A carga tributária elevada empurra a empresa, muitas vezes, para uma situação de inadimplência", afirma Watanabe. O setor estima que 35% do valor de uma casa corresponda aos impostos pagos pela cadeia produtiva da construção.
No Estado, cerca de 9.000 construtoras são representadas pelo SindusCon. "Se 200 empresas estão sob fiscalização e o fisco detectou o não pagamento de impostos em 15% delas, isso significa 0,3% do universo das construtoras. É algo muito pontual", diz Watanabe.
No caso das 10 mil residências de alto padrão, Watanabe afirma que é preciso considerar ainda que muitas vezes a construção é feita com a contratação de empresas informais. "A informalidade é um dos maiores problemas do nosso setor."
O advogado Ives Gandra da Silva Martins explica que o dono da obra pode ser responsabilizado se a empresa contratada não fizer o recolhimento da contribuição previdenciária. "O proprietário é o responsável solidário." No caso da fiscalização sobre os donos de imóveis que não declararam terrenos ao fisco, o advogado diz que "toda propriedade, seja uma casa ou uma mansão, tem de ser declarada no Imposto de Renda. Se não foi, a fiscalização tem direito de cobrar o contribuinte".
Vasconcelos diz que, na segunda fase da investigação, deve ser cobrado R$ 1 bilhão dos donos das obras e das construtoras. A ideia de estender ao Estado a fiscalização foi baseada em teste feito em cidades como Jundiaí, Ribeirão Preto e Bauru, onde foram encontradas várias obras de grande porte sem o pagamento de tributos.
Notícias Técnicas
Informações devem ser prestadas por meio do Portal e-CAC, conforme determina o Convênio ICMS 134/16; descumprimento pode gerar penalidades
A entrega do DCP é obrigatória para manter o direito ao crédito presumido do IPI, que reduz a carga tributária sobre insumos usados na produção para exportação.
Mudanças decorrem da nova norma IFRS 18 e seguem agora para avaliação do CFC e CVM.
Objetivo da medida é ampliar a segurança dos mais de 169 milhões de usuários do GOV.BR
Notícias Empresariais
Mais do que técnica, os empreendedores que deixam marcas no mundo são aqueles que cultivam hábitos mentais alinhados com o futuro que desejam criar
Por que a saúde mental precisa estar no centro das estratégias corporativas de bem-estar
Especialista alerta: omissão na escolha ou no controle de terceirizadas pode gerar danos milionários e crise de imagem
Somente no mês de junho foram mais de 106 mil pessoas contratadas, 64% das carteiras assinadas foram em microempresas e empresas de pequeno porte
Estudo mostra que consumidores e empresas já obtiveram uma economia de R$ 107 bilhões desde a criação do Pix, em 2020
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional