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A força oculta dos times mapeados pela IA

Ferramentas de psicometria apoiadas por tecnologia e IA ajudam empresas a mapear times inteiros, reduzir conflitos silenciosos, prevenir burnout e tornar o RH mais estratégico

A avaliação psicológica deixou de ser um ato isolado, aplicado em um candidato ou gestor, para se tornar um mapa vivo da organização. Essa é a aposta da RH99, RH tech especializada em instrumentos digitais de avaliação psicológica e psicometria impulsionada por tecnologia e inteligência artificial. À frente da empresa, o CEO Marco Sinicco, defende que olhar para o comportamento coletivo é hoje uma vantagem competitiva clara para quem quer formar equipes mais produtivas, engajadas e saudáveis.

Segundo ele, a plataforma RX, desenvolvida pela RH99, foi construída a partir de um teste motivacional de personalidade, o Human Guide, trazido da Suécia, tropicalizado e validado pelo Conselho Federal de Psicologia por meio do SATEPSI. A partir desse teste, respondido em cerca de 10 minutos, o sistema identifica o “DNA motivacional” de cada colaborador e cruza esses dados em escala, permitindo analisar desde duplas de trabalho até empresas com milhares de pessoas.

Do teste individual ao mapa da organização

Na prática, a lógica se afasta do modelo tradicional focado apenas no indivíduo. Em vez de olhar um colaborador isoladamente, a plataforma organiza perfis em um grande organograma digital: diretores, gerentes, analistas, estagiários. Cada ponto do mapa carrega informações sobre fatores motivacionais, estilo de comunicação, potencial de atrito e complementaridade.

Com isso, o RH deixa de se basear apenas em percepções subjetivas e passa a enxergar como as peças se ajustam – ou entram em conflito – dentro do conjunto. Times podem ser simulados antes de existirem de fato. É possível testar virtualmente como um novo profissional “encaixa” em uma equipe, que tipo de contribuição comportamental ele traria e com quem a sinergia tende a ser maior.

Para o recrutamento, o ganho é direto: a empresa consegue mapear o que falta em um departamento, não apenas em termos técnicos, mas motivacionais. Em vez de contratar “o gênio da lâmpada” que pode desorganizar uma equipe que já funciona bem, o RH consegue priorizar perfis que complementam o time e aumentam a chance de colaboração.

Conflitos silenciosos sob o foco dos dados

Um dos pontos destacados por Marco Sinicco, é a capacidade de identificar conflitos silenciosos – aqueles que corroem clima e resultado sem explodir em reuniões ou reclamações formais. O sistema ajuda a trazer à tona preconceitos de convivência que surgem quando alguém julga o outro apenas pela aparência, pelo jeito de falar ou por poucas interações.

Ao comparar perfis de forma estruturada, a análise comportamental coletiva mostra que o colega aparentemente “frio” pode ser, na verdade, mais cético e lacônico, com forte aderência a determinadas funções. O colaborador visto como “duro” nas interações pode ter baixa empatia, mas alta capacidade de foco e entrega. Esses contrastes, quando compreendidos, deixam de alimentar rótulos e passam a ser administrados com mais racionalidade.

Ferramentas complementares, como aplicativos simples que aproximam dois colegas na leitura de seus perfis, reforçam o autoconhecimento e ajudam a redesenhar relações de trabalho. A lógica é semelhante à de uma amizade longa: quando se conhece profundamente alguém, os defeitos deixam de ser surpresa e se tornam parte de um repertório que pode ser negociado.

Prevenção de burnout e novas exigências legais

A análise coletiva também ganha relevância em um cenário em que saúde mental virou tema central nas empresas. Segundo Marco Sinicco, a plataforma RX já está em fase de testes para oferecer filtros que apontam colaboradores com maior probabilidade de evoluir para um quadro de burnout.

O sistema não “diagnostica” doenças, mas cruza variáveis como perfil motivacional, estilo de liderança recebido, nível de atrito nas relações, área de atuação, gênero e faixa etária para indicar casos que merecem atenção do psicólogo organizacional. A partir desse alerta, a empresa pode agir preventivamente com ajustes de função, férias, acolhimento ou mudanças na gestão.

Esse tipo de ferramenta dialoga com a agenda regulatória: a partir de 2026, empresas brasileiras terão de comprovar ações estruturadas de prevenção a riscos psicossociais. Plataformas que registram avaliações, intervenções e acompanhamentos passam a ser aliadas para organizar informações e responder a eventuais questionamentos da Justiça do Trabalho.

RH deixa o operacional e assume posição estratégica

O avanço da psicometria apoiada por IA redefine também o papel do RH. Para Marco Sinicco, quando um profissional de Recursos Humanos passa a dominar um mapa detalhado da organização, ele deixa de ser apenas executor de processos e se reposiciona como ator estratégico.

Com dados profundos sobre motivadores individuais e dinâmicas coletivas, o psicólogo organizacional passa a dialogar de igual para igual com a diretoria, apresentando diagnósticos e cenários: onde estão os maiores nós de atrito, que áreas sofrem mais com falta de iniciativa, quais lideranças concentram potenciais problemas de clima, que times precisam ser reorganizados.

Nesse contexto, desligamentos tendem a cair. Ao reduzir ambientes tóxicos, redesenhar papéis e cuidar preventivamente de conflitos, a empresa retém talentos que, de outro modo, pediriam demissão e seriam rapidamente absorvidos por concorrentes. O custo da ferramenta, afirma o executivo, torna-se menor do que o prejuízo de manter equipes mal ajustadas.

Desafios culturais e falta de especialistas

Se os ganhos são claros, a adoção ainda enfrenta barreiras. A primeira delas é a disposição real da liderança em se enxergar com a mesma transparência aplicada aos times. Em muitas organizações, há resistência de diretores e gestores que preferem confiar no próprio “feeling” a encarar diagnósticos estruturados sobre sua forma de liderar.

Por isso, a recomendação é começar pequeno: mapear um departamento crítico, gerar resultados concretos e, a partir daí, ampliar o projeto. Devolutivas bem conduzidas com a alta liderança – mostrando como o retrato comportamental bate com o dia a dia da empresa – costumam ser o ponto de virada para a consolidação da ferramenta.

Outro desafio é a escassez de psicólogos com visão sistêmica de negócio. A formação brasileira ainda é fortemente orientada para a clínica, com foco no indivíduo, o que dificulta a leitura organizacional em larga escala. Marco Sinicco aponta a combinação entre psicologia organizacional e gestão como um caminho promissor: duplas formadas por psicólogos e administradores tendem a extrair mais valor de plataformas como a RX.

Tendência: democratizar dados comportamentais

O próximo passo, segundo o CEO da RH99, é democratizar o acesso aos dados comportamentais. A expectativa é que, cada vez mais, lideranças e gestores possam consultar insights diretamente do celular, com apoio de interfaces conversacionais e inteligência artificial generativa, sem depender apenas de relatórios técnicos.

A ideia é que o conhecimento sobre perfis motivacionais, possíveis atritos e melhores combinações de equipe circule por toda a organização – sempre com responsabilidade ética e respaldo de profissionais de psicologia organizacional. Quanto mais maduras as empresas se tornarem na leitura desses dados, maior a chance de construir ambientes em que performance e bem-estar caminhem juntos.

Ao substituir o olhar fragmentado por uma visão coletiva, a análise comportamental transforma a gestão de pessoas em um exercício de engenharia humana: menos intuitivo, mais baseado em evidências. E coloca o RH em um lugar cada vez mais estratégico na tomada de decisões que definem quem entra, quem permanece e como as equipes trabalham juntas

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