Medida reforça o compromisso da instituição no combate à organizações criminosas que utilizam estruturas empresariais e do mercado financeiro
Área do Cliente
Notícia
Sem aumento do limite desde 2018, MEI perde 78% do poder de compra
Fazendo uma correlação com o preço da cesta básica, estudo da Faciap, do sistema CACB, mostra que teto de enquadramento precisaria subir de R$ 81 mil para R$144 mil
Em 2025, o limite para enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI) em relação ao preço da cesta básica é 78% menor do que em 2018, último ano de reajuste na tabela de permanência no regime tributário. Com o valor anual do teto do MEI, que permanece em R$ 81 mil, era possível comprar 171 cestas básicas há sete anos. Hoje, o montante caiu para 96.
Em quantidades mensais, o poder de compra do MEI cai de 14 para 8 cestas básicas no período. Os dados foram tabulados pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), que faz parte do Sistema da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), e apresentados na última terça-feira (14) na Câmara dos Deputados.
Para o autor do estudo, o diretor de Estudos Tributários da Faciap, William Madruga, os números mostram que o reajuste na tabela do MEI, que é uma das modalidades do Simples Nacional, precisa ser uma política de Estado e sofrer atualização anualmente. “Os empresários estão sofrendo muito com essa defasagem. Precisam de fôlego para respirar, e o aumento do limite é uma das maneiras para que consigam sustentar suas empresas”, explicou.
Para chegar aos dados, o estudo cruzou informações do IBGE e Dieese. O diretor afirmou ainda que as microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais são responsáveis por 26,5% do Produto Interno Brasileiro (PIB), e de seis a cada dez novas contratações em 2025. Além do MEI, a Microempresa e a Empresa de Pequeno Porte também estão no regime do Simples Nacional.
Já a apresentação do vice-presidente do Conselho Superior da Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp, Pierre Tamer, reforçou os aspectos vinculados aos mitos a respeito do Simples Nacional. Ele ressaltou que o regime tributário não é uma exceção, mas responde à Constituição, que autoriza instituir regimes diferenciados e simplificados para micro e pequenos empreendimentos.
“O Brasil também não tem muito gasto tributário com o Simples Nacional”, afirmou ele sobre outro mito em relação ao regime. De acordo com estudo da Fiesp, essas despesas representam 1,2% do PIB, enquanto a média de outros 30 países que têm modelo semelhante é de 2,4% do PIB.
Além disso, segundo Tamer, a arrecadação promovida pelo Simples Nacional, que é de R$ 1,2 trilhão, é R$ 14 bilhões a mais do que os demais regimes. “A Receita Federal não considera, na ausência do Simples, o impacto negativo na geração de emprego, formalização, conformidade tributária e sobrevivência”, argumenta.
Ele destaca ainda que a taxa anual de geração empregos dessas empresas subiu de 4,8% para 8,2% após a criação do sistema simplificado. “Ao empregar e pagar mais, o Simples contribui para um PIB e uma produção maior. Se o teto não for atualizado, os riscos são significativos: desestímulo ao crescimento, desemprego, informalidade e desenquadramento dos pequenos negócios”, alerta.
Outro participante do seminário, o advogado tributarista Lucas Ribeiro, chamou a atenção para o fato de o Simples Nacional esteja se transformando em uma armadilha contra o crescimento. "A empresa que quer se desenvolver é punida. O Brasil não precisa tratar a pequena empresa como um privilégio, mas como uma etapa do seu ciclo de vida”, afirmou.
Posição atual
A CACB, junto com outras entidades, realiza campanha pela atualização do teto do Simples Nacional. A Confederação defende o Projeto de Lei 108/2021, do senador Jayme Campos (União -MT). O PL foi aprovado no Senado e, na semana passada, com a mobilização, o projeto foi pautado para votação de urgência na Câmara dos Deputados, onde está em análise desde 2021.
Com o reajuste proposto, o teto anual do Microempreendedor Individual (MEI) passa de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil, da Microempresa de R$ 360 mil para R$ 869,4 mil, e da Empresa de pequeno porte, de R$ 4,8 milhões para R$ 8,69 milhões. A CACB também pleiteia a correção anual da tabela do Simples Nacional pela inflação.
Notícias Técnicas
Nota Técnica da Receita detalhará quais documentos fiscais serão obrigatórios a partir de 2026 e como as empresas devem se adaptar às novas exigências de IBS e CBS
A RFB publicou a Instrução Normativa nº 2.290, que modifica a IN RFB nº 2.119/2022 para estabelecer novos critérios e procedimentos para a prestação de informações sobre beneficiários finais
A não incidência dos novos tributos da reforma tributária na base de cálculo do ICMS e do ISS em 2026 é tida como certa pelo Comsefaz
Decisão da Corte reforça coerência constitucional do processo, evitando surpresas para empresas
Notícias Empresariais
Quando o ritmo é guiado por propósito e autocuidado, o trabalho deixa de ser corrida e se torna construção
O antigo debate entre estilos de negociação duros e brandos perde o sentido; a verdadeira distinção está na competência
Brasileiros temem queda de renda após a aposentadoria e buscam equilíbrio entre finanças, propósito e longevidade
Contas a Pagar é o espelho da maturidade dos processos e revela o quanto a empresa domina sua gestão financeira
Conceito é caracterizado por aqueles que transitam entre diferentes funções, projetos e formatos de contrato
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional