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Apesar de nova proposta de regra fiscal, BC mantém a Selic em 13,75%
Apesar da pressão do governo federal pela redução dos juros, a autoridade monetária continua indicando que as condições para a queda dos juros ainda não estão postas
O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira em 13,75% ao ano. A decisão foi comunicada nesta quarta-feira (3) com o fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em meio a uma discussão que já se prolonga há meses entre o Poder Executivo e o BC acerca dos juros no país.
Apesar da pressão do governo federal pela redução dos juros, a autoridade monetária continua indicando que as condições para a queda dos juros ainda não estão postas e que é preciso ver uma queda mais consistente da inflação e das expectativas de inflação.
Comunicado anterior
Em março, ao continuar com a manutenção dos juros em 13,75%, o Comitê já havia emitido um aviso duro quando disse que iria conduzir a política monetária “necessária para o cumprimento das metas” e que iria perseverar até que se consolidasse não apenas o processo de desinflação, mas também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O órgão afirmou ainda que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.
Embora a taxa básica tenha parado de subir em agosto do ano passado, está no nível mais alto desde o início de 2017 e os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e desaceleração da economia.
Na última sexta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou um recado ao Banco Central dizendo que o governo fez sua parte e criou as condições para que a autoridade monetária pudesse abaixar os juros “a qualquer momento”. Ele se referia, entre vários fatores, principalmente ao envio ao Congresso da proposta do novo arcabouço fiscal.
Análise
“O cenário desde a última reunião do Copom não mudou muito. Vemos um cenário em que a inflação corrente segue perdendo força, mas no qual ela ainda é bastante preocupante no setor de serviços, o mais sensível às políticas monetárias. Ao mesmo tempo, ainda temos incertezas no cenário doméstico, principalmente em relação à questão fiscal e parafiscal, e global, o que pode ser visto com o aumento dos juros nos EUA, mesmo estando o país diante de uma desaceleração e uma crise bancária com crise de crédito mais grave que a brasileira”, defende Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos.
Para ela, o fator “oferta” na inflação tem perdido força, pois tivemos o fim da pandemia e a normalização dos preços industriais, mas parte da alta dos preços recentes se dá pelo estímulo à demanda (redução de impostos, Vale Gás, Auxílio Taxista, aumento do Auxilio Brasil e manutenção do Bolsa Família em valor mais alto) e pelo aquecimento da economia, que estimula o aumento dos preços.
Já para o economista Alcântara Macedo, a incidência da demanda no processo inflacionário é muito menor do que a incidência do déficit público do governo. “O que pressiona a inflação é a inflação de custos, sendo o déficit primário brasileiro um problema sério. A conexão direta está na ligação entre o déficit primário e os juros.”
Segundo Macedo, portanto, na medida em que a economia avançar para um superávit ou zerar o déficit público, como o governo deseja fazer para o próximo ano, deve-se pensar na redução dos juros.
“Caso a inflação, que hoje está em cerca de 5%, dê um pulo e ocorra uma retração da produção, a inflação pode assustar toda a sociedade. Embora cause danos a política de juros altos, é mais barato combater a inflação antes do que depois quando ela se instala”, argumenta.
Mauro Rochlin, economista e coordenador do MBA de Gestão estratégica e econômica de negócios da FGV, afirma que a postura do BC acontece devido à crença de que o “núcleo da inflação”, aquela expurgada dos preços mais voláteis, ainda se encontra em patamares muito elevados (cerca de 7%). “Soma-se a isso uma desencoragem das expectativas. O mercado espera uma taxa de inflação acima da meta definida para esse ano e prevê uma faixa acima da meta também no próximo ano, o que reforça a política do BC de juros alto”.
Rochlin acredita que, para reduzir os juros, é preciso ter um redução consistente da taxa de inflação. “A taxa de juros alta é reflexo de um pressão inflacionária ainda muito renitente”, diz. A partir desta reunião do Copom, o BC deve mirar somente o ano de 2024 em sua estratégia de convergência da inflação à meta.
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