A Receita Federal esclareceu que agências de propaganda são responsáveis pela retenção e recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre os valores recebidos por serviços de publicidade
Área do Cliente
Notícia
Crédito para empresas migrará para longo prazo e deve focar em MPMEs
A expectativa é de que o movimento se intensifique a partir de abril de 2019
As concessões de créditos corporativos começam a migrar para prazos mais longos e bancos tendem a focar em micro, pequenas e médias empresas. A expectativa é de que o movimento se intensifique a partir de abril de 2019, mesmo com uma alta de juros.
Os últimos dados do Banco Central (BC), divulgados ontem, apontam que mesmo com uma redução de 0,7% no saldo de recursos disponíveis para pessoas jurídicas em outubro deste ano contra igual mês de 2017 (de R$ 1,429 trilhão para R$ 1,418 trilhão), o volume de concessões tem demonstrado fortes avanços.
Na mesma relação, por exemplo, os empréstimos somaram um aumento de 15,3%, de R$ 119,7 bilhões para R$ 138 bilhões.
“O movimento é atípico e demonstra que não é uma queda de saldo porque está mais arriscado emprestar, mas sim porque o risco está alongado. O saldo caiu porque as empresas estão com maior capital para fazer amortizações”, explica o professor da Saint Paul Escola de Negócios Maurício Godói.
“É uma troca de dívidas de curto para longo prazo, com taxas de juros ainda menores do que o que observávamos no em 2017”, completou.
Ainda conforme os dados do BC, a taxa média de juros para as companhias apurada em outubro ficou em 16,1% ao ano (a.a.), um recuo de 1,9 ponto percentual (p.p.) frente ao visto em igual mês do ano passado (18% a.a.).
O mesmo aconteceu com os spreads médios [diferença entre o preço de captação bancária e o de empréstimos na ponta] que recuaram de 11 p.p. para 8,2 p.p. na mesma base de comparação.
Os prazos para o pagamento dos financiamentos corporativos, por sua vez, atingiram os 61,7 meses, aumento de 16,8% em relação a outubro de 2017, quando era de 52,8 meses.
“As companhias começam a sinalizar um movimento de recuperação, bem como uma demanda maior pelo créditos um pouco mais longos”, complementa Godói, da Saint Paul.
Um exemplo deste cenário é o avanço das concessões para capital de giro, puxadas principalmente para os créditos acima de 365 dias, que subiram 36,9% em outubro ante o mesmo mês de 2017, de R$ 7,628 bilhões para R$ 10,449 bilhões.No total, esses financiamentos subiram 29,5%, de R$ 12,692 bilhões para um montante de R$ 16,443 bilhões.
Para o professor de finanças da Faculdade Fipecafi George Sales, as perspectivas são mais otimistas também por conta do maior apetite bancário.
“Podemos esperar, até mesmo, um reflexo positivo nos indicadores econômicos. Os projetos começam a tomar uma forma mais concreta e, consequentemente, se tornam mais aptos à fomentos financeiros. Os bancos estão mais animados para emprestar”, comenta.
Segundo Godói, no entanto, as expectativas de melhora no consumo e consequente alta na inflação e na taxa básica de juros (Selic) podem trazer aumentos pontuais nas taxas cobradas às companhias.
Segundo o último relatório Focus, do BC, a expectativa é que a Selic atinja 7,75% em 2019 e 8% em 2020. “De um lado, temos a Selic que pode aumentar os juros. Mas de outro, o maior apetite facilitam as concessões”, afirma o especialista, ressaltando que o foco principal dos empréstimos nas instituições financeiras tende a ser as micro, pequenas e médias empresas.
“Primeiro, veremos uma atuação diretamente nas operações das pequenas e médias, para posteriormente isso se alastrar. Veremos isso acontecer, principalmente, a partir do segundo trimestre para então, a partir de julho, enxergarmos uma curva mais acentuada”, complementa Godói.
Inadimplência
As expectativas em torno do maior apetite bancário, por sua vez, também reflete muito da maior qualidade das carteiras, que já demonstram um recuo no nível de inadimplência.
Informações divulgadas ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que os calotes das empresas tiveram o menor crescimento em oito meses.
Segundo o levantamento, o volume de empresas nos cadastros de devedores cresceu 7,3% em outubro na comparação com igual mês do ano passado, a menor expansão desde fevereiro (+ 6,8%). Em setembro, na base anual, o crescimento fora de 9,4%.
A quantidade de dívidas também subiu 4,7% na mesma relação com outubro de 2017. Já em comparação a setembro, houve uma queda de 1,8%.
O setor com maior alta nos débitos em atraso é o de Serviços (11,1%), seguido por Comércio (5%), Indústria (3,6%) e, por fim, Agricultura (1,5%).

Notícias Técnicas
Especialista aponta impactos opostos da reforma para alta renda e classe média
Contribuintes têm até as 19h do dia 28/11/2025 para aderir aos editais de transação tributária e regularizar débitos com descontos, prazos ampliados de pagamento e possibilidade de utilização de créditos fiscais
O cidadão deve considerar o número final do cartão de benefício para conferir a data de pagamento
Contribuinte defendia que a restrição na Lei 14740 referia-se à data da constituição de débitos
Notícias Empresariais
A equipe volta a andar quando volta a sentir. E ambientes que acolhem essa dimensão avançam com mais clareza, confiança e consistência
Liderança madura não busca obediência; busca entendimento, propósito e responsabilidade compartilhada
Transformação cultural guiada pela liderança fortalece o engajamento, retém talentos e impulsiona resultados estratégicos nas organizações
Pausas estratégicas com café estão redefinindo a produtividade e o bem-estar nas empresas e até nos escritórios contábeis
A biometria redefine a autenticação em pagamentos corporativos ao unir agilidade, segurança e rastreabilidade
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional