Alô, contador, imagino que os seus dias estejam corridos, estou certo? Afinal, o fim do ano já está aí e os negócios vão ganhando aquele típico alvoroço, o que para muita gente é sinônimo de mais trabalho
Área do Cliente
Notícia
Selic deve indexar a poupança
As medidas que alteram o rendimento da caderneta de poupança são tidas como
O governo retomou a discussão sobre a mudança no rendimento da caderneta de poupança e pretende encaminhar um projeto de lei com as novas regras ao Congresso Nacional no primeiro trimestre de 2012, quando espera que a taxa básica de juros (Selic) já esteja na casa dos 10% ao ano. A proposta mais factível é a substituição dos juros fixos de 0,5% ao mês (6,16% ao ano) por um redutor de 20% da Selic mais a Taxa Referencial (TR), que não será extinta. A isenção do Imposto de Renda (IR) sobre as aplicações também permanece.
Em 2009, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a discutir alterações nas normas de indexação da caderneta, que naquele momento, com a taxa Selic em queda, ameaçava retirar a atratividade dos fundos de investimentos e dos títulos públicos. A rentabilidade competitiva da poupança funcionava como um piso para a redução dos juros.
As medidas que alteram o rendimento da caderneta de poupança são tidas como "cruciais" pelo governo. A equipe econômica vê na indexação da poupança um dos impeditivos para uma redução mais firme da taxa básica de juros, a Selic, em um cenário de médio prazo, em que o recuo da inflação abre espaço para cortes adicionais nos juros.
Já existem no mercado analistas trabalhando com uma Selic de um dígito no próximo ano. É o caso do departamento econômico do Itaú Unibanco, que estima que a Selic fechará 2012 em 9% ao ano - próximo do limite de 8,25% ao ano, a partir do qual a aplicação na poupança, pelas regras atuais, passa a ser mais vantajosa que o investimento em títulos públicos, via fundos de renda fixa ou Tesouro Direto.
De acordo com uma fonte do governo, a grande preocupação da equipe econômica é evitar que a trajetória de queda da Selic inviabilize o financiamento do Estado. "Se a Selic ficar abaixo de 8,25% ao ano, não vai ficar vantajoso comprar títulos públicos internamente, devido à cobrança de IR sobre o rendimento desses papéis", disse a fonte, para quem o governo "não pode esperar a Selic atingir esse patamar para alterar a poupança".
As alterações na poupança são preocupações antigas no governo. Já em 2009, quando o BC acelerou os cortes na Selic, que chegou ao piso de 8,75% ao ano, o então diretor de normas do BC, Alexandre Tombini, hoje presidente da instituição, defendia internamente a necessidade de "atualizar" as regras. O entendimento, então, compartilhado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, era de que alterar ou extinguir a Taxa Referencial (TR) era complexo. Além de corrigir os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a TR também é o indexador das prestações dos financiamentos imobiliários. Como, no entanto, a inflação voltou a acelerar, e novo aperto monetário foi iniciado pelo BC a partir de abril do ano passado, as discussões se amainaram no governo.
A tributação da poupança, descartada pelo governo Dilma Rousseff, ainda é defendida por alguns integrantes da equipe econômica. Um economista com grande acesso a fontes graduadas no Ministério da Fazenda afirmou que o não-recolhimento de Imposto de Renda (IR) sobre as aplicações na poupança funcionam como "subsídio embutido".
Se instituísse uma alíquota de 20% de IR (intermediária entre o mínimo de 15% e o máximo de 27,5%) sobre a poupança, o rendimento da poupança teria de passar a 9,25% ao ano para manter a atual remuneração (de 7,4% nos 12 meses terminados em outubro). Essa diferença, estima um economista, representa uma renúncia fiscal de R$ 7,13 bilhões por ano.
Segundo dados do BC, os pouco mais de 97 milhões de brasileiros com aplicações na poupança representam um estoque de recursos da ordem de R$ 410,3 bilhões. Atualmente, a indústria brasileira de fundos tem R$ 723,6 bilhões aplicados em títulos públicos federais, segundo a Anbima. "As mudanças estão no radar de curto prazo", disse ao Valor uma fonte graduada, "e serão prioritárias no início de 2012, ainda que os problemas, caso nada seja feito, só venham a partir de 2013", afirmou.
Notícias Técnicas
Atenção, Contribuinte Pessoa Jurídica!
Nova regulamentação amplia a liberdade de escolha dos beneficiários e traz mais transparência, concorrência e segurança jurídica
Descubra a importância do CPC 32 para o reconhecimento, mensuração e divulgação de tributos sobre o lucro, garantindo transparência e governança
Nova fase da fiscalização digital amplia controle sobre o transporte de mercadorias sem nota fiscal; obrigatoriedade foi adiada para abril de 2026
Notícias Empresariais
Planejamento e uso consciente do 13º salário ajudam a quitar dívidas, organizar despesas de início de ano e construir uma rotina financeira mais estável
Estudo com equipes de resgate revela como pertencimento e segurança psicológica aumentam a resiliência corporativa
A digitalização do sistema financeiro redefine a competitividade empresarial e transforma a tecnologia no principal vetor de crescimento
Com a implementação gradual do split payment no Brasil, prevista para iniciar a fase de testes em 2027, a nova tecnologia de recolhimento de impostos deve inaugurar um paradigma desafiador
Aplicativo vai exibir um alerta questionando se o usuário quer mesmo fazer a operação
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional