Lucro do FGTS será depositado nas contas ativas e inativas. Confira quem recebe, quando cai e como usar o valor.
Área do Cliente
Notícia
Massa salarial cresce 3% em julho e vai impulsionar consumo
Com essa alta, ele atingiu R$ 1.452,50 - o maior registrado em toda a série histórica apurada pelo governo.
O mercado de trabalho entrou no segundo semestre com desemprego em queda e renda em alta, quadro que cria um ambiente favorável ao aumento da demanda. No primeiro semestre, os sindicatos registraram o melhor saldo de negociações salariais em 15 anos, com 97% das categorias atingindo reajuste salarial igual ou superior à inflação na negociação da data-base. Apenas em julho, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores aumentou 2,2% sobre junho. Com essa alta, ele atingiu R$ 1.452,50 - o maior registrado em toda a série histórica apurada pelo governo.
Associado ao aumento das contratações, essa alta salarial resultou em um aumento de 3% na massa salarial das seis regiões metropolitanas do país, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego manteve em julho a trajetória de queda retomada em maio. O índice calculado pelo IBGE referente à proporção da População Economicamente Ativa (PEA) que está sem emprego ficou em 6,9% em julho, um recuo de 0,6 pontos percentuais em apenas dois meses. Para economistas consultados pelo Valor, a taxa de desemprego vai manter o patamar inferior a 7% até o fim do ano, e, para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, a taxa vai recuar a 5,7% em dezembro. "Nunca tivemos nada parecido com esse número e com esse ritmo", diz ele.
Ao mesmo tempo que o desemprego recua, o rendimento médio habitualmente recebido cresce. Na comparação anual, à exceção dos operários da indústria, todas as outras categorias apresentam avanços expressivos, tendo os 14,1% nos salários dos trabalhadores da construção civil à frente.
Os ganhos salariais em julho ampliam o fenômeno verificado no primeiro semestre do ano. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 281 dos 290 sindicatos que tem data-base entre janeiro e junho e registraram seus acordos trabalhistas no Dieese, obtiveram reajustes salariais iguais ou superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE.
Dos 290 sindicatos, o equivalente a 88% conquistou reajuste superior ao INPC, cuja média acumulada em 12 meses para cada data-base foi de 4,89%. A maior parcela, 40,3%, conquistou reajuste real entre 0,01% e 1%, mas o fator mais importante para sinalizar o ritmo da atividade é que os acordos mais vantajosos - superiores a 2% de aumento real - foram conquistados por um número recorde de categorias.
"Os sindicatos vivem seu melhor momento. A economia avança rápido e a inflação é inferior à dos últimos dois anos", diz José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Dieese. Nos primeiros seis meses de 2010, a inflação média acumulada em 12 meses, medida pelo INPC, foi inferior à de 2008, quando a economia também crescia de modo acelerado, e à de 2009, quando se recuperava da crise mundial - 5,67% e 6,06% respectivamente. Para Silvestre, os resultados serão ainda mais favoráveis neste segundo semestre.
Segundo João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, os sindicatos têm em mente o slogan eleitoral de Bill Clinton, quando se elegeu presidente dos Estados Unidos pela primeira vez, em 1992. "Dizemos à todos os nossos dirigentes sindicais: "É a economia, estúpido". Com o PIB crescendo a 7%, não podemos negociar reajustes pequenos", diz.
Divulgados ontem, os números do IBGE e do Dieese ajudaram a consolidar, entre os analistas, a percepção de que a atividade será mais aquecida no terceiro trimestre deste ano em relação ao período de abril a junho. O avanço da massa salarial no mês passado foi de 3% sobre junho, ritmo que liga o sinal de alerta dos economistas.
"Boa parte do que o Banco Central expressou na última ata quanto à desaceleração da economia, como crédito perdendo força, geração de emprego formal arrefecendo e rendimentos mais fracos, estão todos em alta. O cenário não é de estabilidade, mas de manutenção do ciclo de aperto de juros", avalia Bernardo Wjuniski, economista da Tendências Consultoria. A consultoria aposta que, embasados pelos resultados do mercado de trabalho, os diretores do BC vão elevar a Selic em mais 1,0 ponto percentual até o fim do ano, fechando 2010 em 11,75% ao ano. "Aumento de rendimento real e queda no desemprego é consumo na veia", diz Wjuniski.
Com estimativa de 7,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, os economistas do Itaú Unibanco avaliam que o BC não vai alterar a Selic antes de dezembro pois a reunião da semana que vem ocorre após três meses consecutivos de inflação zerada. Para Aurélio Bicalho, economista do banco, o país já passou pela primeira fase de recuperação da crise. "O emprego acelerou primeiro, agora assistimos ao salto nos salários", diz.
Especialista em preços e mercado de trabalho da LCA Consultores, o economista Fabio Romão avalia que os ganhos continuarão crescentes em todas as categorias, "mas principalmente na construção civil". Trata-se, avalia Romão, do setor com maior demanda e, inclusive devido a isso, com grande escassez de mão de obra especializada. "Isso é tudo o que um sindicato quer. O país como um todo está crescendo, seu setor em particular, e há falta de trabalhadores".
Notícias Técnicas
Beneficiários confirmam se desconto foi autorizado ou não
Receita Federal abre na sexta-feira (23/5) consulta ao primeiro lote de restituição deste ano
Ministro reforçou aos dirigentes que a iniciativa tem caráter exclusivamente social, com foco na melhoria das condições financeiras da classe trabalhadora
A IA pode ser uma grande aliada da contabilidade, especialmente, nesse momento de Reforma Tributária. Tire suas dúvidas sobre como essa tecnologia pode facilitar sua rotina contábil
Notícias Empresariais
Para saber de forma segura se houve desconto de mensalidade associativa no seu contracheque, verifique diretamente pelo Meu INSS
Banco do Brasil e Fespsp são coparticipantes da capacitação gratuita, que tem como público-alvo os agentes públicos dos estados e municípios
Pesquisa do Campo Grande News revela que 52% dos leitores preferem contratar um contador para declarar o Imposto de Renda 2025
Brasil suspende exportações de carne de aves para 20 países. Não há restrição de consumo, dizem entidades
O valor cobrado por um profissional para preencher a declaração gira em torno de R$ 250 a R$ 450. Mas, dependendo do perfil do contribuinte, o serviço pode facilmente superar a casa dos R$ 10.000
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional