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Prazos maiores e juros menores: até que ponto isto é bom para o consumidor?
Hoje, diante do discurso de alguns de que o pior já passou, já é notada uma alteração neste quadro.
Patricia Alves
Um dos reflexos da crise financeira global, intensificada nos últimos meses de 2008, foi a retração do crédito, o aumento das taxas e a diminuição dos prazos de financiamento ao consumidor. Hoje, diante do discurso de alguns de que o pior já passou, já é notada uma alteração neste quadro.
Segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), ao passo que as taxas de juros ao consumidor vêm diminuindo, os prazos de financiamento estão aumentando, tanto para veículos como para a aquisição de outros bens. Dados da instituição, divulgados na última quinta-feira (18), mostram que, em maio, o prazo máximo para financiamento de veículos já alcançava 80 meses, com juro médio de 2,78%. Um mês antes, o prazo máximo neste tipo de operação era de 60 meses, com taxa de 2,88%.
Com juros menores e prazos alongados, a tendência é que as parcelas sejam menores e que o consumidor se sinta mais confortável em assumir uma dívida de longo prazo. No entanto, antes de entrar em um financiamento é importante avaliar outras variáveis e não apenas o valor da parcela. Com prazo mais longo, quanto pagará pelo bem ao final do financiamento? Será possível honrar com esse compromisso financeiro durante todo o período? Vale a pena comprar o bem agora ou esperar, aplicar o montante e comprar o item à vista?
Impacto no bolso
É comum que o consumidor, na hora da compra, avalie apenas o valor da parcela e pondere se ela cabe ou não no orçamento. Com prazos maiores, é normal que a parcela fique menor - ainda mais com juros mais baixos. No entanto, qual será o real impacto de uma aquisição nestas condições?
No exemplo hipotético, imaginaremos a compra de um veículo de R$ 35 mil. Os cálculos serão feitos com as condições de abril (60 meses com juros de 2,88%) e de maio (80 meses com juros de 2,78%). Confira, na tabela, o valor final do bem em ambas as situações:
| Valor financiado: R$ 35 mil | ||
| Abril | Maio | |
| Juros | 2,88% | 2,78% |
| Prazo | 60 meses | 80 meses |
| Parcela | R$ 1.232,32 | R$ 1.095,12 |
| Valor final | R$ 73.939,13 | R$ 87.609,24 |
Pelos cálculos acima, nota-se que, mesmo com juros menores, o alongamento do prazo tornou o valor final do bem muito mais caro ao consumidor. Sem contar que, ao final de 60 ou 80 meses, além de ter pago mais de R$ 70 mil ou quase R$ 80 mil por um veículo de R$ 35 mil, o carro já não terá esse valor, por conta da desvalorização característica dos veículos.
Compra planejada
Quando a compra não é uma necessidade imediata, vale a pena esperar para adquirir o bem à vista. No exemplo acima, é possível planejar a compra do veículo poupando um pouco por mês. Além de um incentivo à poupança, com planejamento, é possível fugir das altas taxas de juros - que, mesmo com as seguidas quedas, ainda estão em um patamar avançado -, fugir dos longos prazos de financiamento e adquirir um bem pelo seu real valor na época da compra, sem se preocupar com a desvalorização.
Tomando como base a menor parcela do exemplo anterior, vamos supor que, ao invés de entrar em um financiamento e arcar com o pagamento de R$ 1.095 por 80 meses, o consumidor utilizasse este mesmo valor para investir e planejar a compra do bem à vista.
A uma taxa de juros de 0,6% ao mês (aplicação conservadora), em 30 meses, o consumidor conseguiria juntar mais de R$ 35 mil, ou seja, o suficiente para comprar o carro novo, à vista.
Assim, antes de entrar em um financiamento, olhe além do valor das parcelas e pondere se a aquisição a prazo vale a pena ou se é possível esperar e planejar a compra à vista.
Os cálculos acima são hipotéticos e servem apenas de exemplo, pois não consideram tributos incidentes na transação, inflação e outros encargos envolvidos
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