Contribuintes que ainda não enviaram a declaração do Imposto de Renda têm até esta sexta-feira, 9 de maio, para entregar o documento à Receita Federal com chance de serem incluídos no primeiro lote de restituição, previsto para o dia 30
Área do Cliente
Notícia
Prazos maiores e juros menores: até que ponto isto é bom para o consumidor?
Hoje, diante do discurso de alguns de que o pior já passou, já é notada uma alteração neste quadro.
Patricia Alves
Um dos reflexos da crise financeira global, intensificada nos últimos meses de 2008, foi a retração do crédito, o aumento das taxas e a diminuição dos prazos de financiamento ao consumidor. Hoje, diante do discurso de alguns de que o pior já passou, já é notada uma alteração neste quadro.
Segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), ao passo que as taxas de juros ao consumidor vêm diminuindo, os prazos de financiamento estão aumentando, tanto para veículos como para a aquisição de outros bens. Dados da instituição, divulgados na última quinta-feira (18), mostram que, em maio, o prazo máximo para financiamento de veículos já alcançava 80 meses, com juro médio de 2,78%. Um mês antes, o prazo máximo neste tipo de operação era de 60 meses, com taxa de 2,88%.
Com juros menores e prazos alongados, a tendência é que as parcelas sejam menores e que o consumidor se sinta mais confortável em assumir uma dívida de longo prazo. No entanto, antes de entrar em um financiamento é importante avaliar outras variáveis e não apenas o valor da parcela. Com prazo mais longo, quanto pagará pelo bem ao final do financiamento? Será possível honrar com esse compromisso financeiro durante todo o período? Vale a pena comprar o bem agora ou esperar, aplicar o montante e comprar o item à vista?
Impacto no bolso
É comum que o consumidor, na hora da compra, avalie apenas o valor da parcela e pondere se ela cabe ou não no orçamento. Com prazos maiores, é normal que a parcela fique menor - ainda mais com juros mais baixos. No entanto, qual será o real impacto de uma aquisição nestas condições?
No exemplo hipotético, imaginaremos a compra de um veículo de R$ 35 mil. Os cálculos serão feitos com as condições de abril (60 meses com juros de 2,88%) e de maio (80 meses com juros de 2,78%). Confira, na tabela, o valor final do bem em ambas as situações:
Valor financiado: R$ 35 mil | ||
Abril | Maio | |
Juros | 2,88% | 2,78% |
Prazo | 60 meses | 80 meses |
Parcela | R$ 1.232,32 | R$ 1.095,12 |
Valor final | R$ 73.939,13 | R$ 87.609,24 |
Pelos cálculos acima, nota-se que, mesmo com juros menores, o alongamento do prazo tornou o valor final do bem muito mais caro ao consumidor. Sem contar que, ao final de 60 ou 80 meses, além de ter pago mais de R$ 70 mil ou quase R$ 80 mil por um veículo de R$ 35 mil, o carro já não terá esse valor, por conta da desvalorização característica dos veículos.
Compra planejada
Quando a compra não é uma necessidade imediata, vale a pena esperar para adquirir o bem à vista. No exemplo acima, é possível planejar a compra do veículo poupando um pouco por mês. Além de um incentivo à poupança, com planejamento, é possível fugir das altas taxas de juros - que, mesmo com as seguidas quedas, ainda estão em um patamar avançado -, fugir dos longos prazos de financiamento e adquirir um bem pelo seu real valor na época da compra, sem se preocupar com a desvalorização.
Tomando como base a menor parcela do exemplo anterior, vamos supor que, ao invés de entrar em um financiamento e arcar com o pagamento de R$ 1.095 por 80 meses, o consumidor utilizasse este mesmo valor para investir e planejar a compra do bem à vista.
A uma taxa de juros de 0,6% ao mês (aplicação conservadora), em 30 meses, o consumidor conseguiria juntar mais de R$ 35 mil, ou seja, o suficiente para comprar o carro novo, à vista.
Assim, antes de entrar em um financiamento, olhe além do valor das parcelas e pondere se a aquisição a prazo vale a pena ou se é possível esperar e planejar a compra à vista.
Os cálculos acima são hipotéticos e servem apenas de exemplo, pois não consideram tributos incidentes na transação, inflação e outros encargos envolvidos
Notícias Técnicas
Governo divulga calendário do saque-aniversário de 2025; pagamentos são liberados conforme o mês de nascimento do trabalhador
O órgão não envia SMS nem mensagens por WhatsApp. Fique atento, pois são tentativas de aplicar fraudes, roubar dados pessoais e gerar boletos falsos
A Lista de aprovados no Exame de Suficiência 1/2025 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) foi publicada nesta quinta-feira (08)
Entidades nacionais podem enviar sugestões visando à melhoria do novo modelo de tributação do consumo até o final deste mês, dia 30/5
Notícias Empresariais
A DeSTDA (Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação) é uma obrigação acessória que algumas empresas precisam preencher e enviar aos órgãos fiscais
Nova lei trabalhista garante redução na carga horária em 2025 para proteger trabalhadores. Veja quem está na lista e como a medida será aplicada
A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária.
A transação firmada com o trabalhador não teve vício de consentimento, e a cláusula penal deve ser cumprida
Estimativa é que 42 mil microempreendedores individuais sejam beneficiados com o recurso. Em evento, instituição também fechou acordo de R$ 400 mi com o Sicoob.
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional